segunda-feira, 22 de novembro de 2010

FONTES LIMPAS E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Fonte limpa de energia

Os combustíveis fósseis são altamente agressivos ao meio ambiente devido aos tipos emissões que eles causam durante a queima nas caldeiras industriais.

A substituição de fontes poluidoras por fontes limpas de energia gera a possibilidade de obtenção de credito de carbono.

Créditos de carbono ou Redução Certificada de Emissôes (RCE) são certificados emitidos quando ocorre a redução de emissão de gases do efeito estufa (GEE). Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivalente corresponde a um crédito de carbono. Este crédito pode ser negociado no mercado internacional.

Países da Organização das Nações Unidas preocupados com o meio ambiente assinaram um acordo internacional denominado Protocolo de Kyoto o qual estipula controle sobre as intervenções humanas no clima, assinado em dezembro de 1997. Desta forma, o Protocolo de Quioto determina que países desenvolvidos signatários, reduzam suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 5,2%, em média, relativas ao ano de 1990, entre 2008 e 2012. Esse período é também conhecido como primeiro período de compromisso. Para não comprometer as economias desses países, o protocolo estabeleceu que parte desta redução de GEE pudesse ser feita através de negociação com nações através dos mecanismos de flexibilização.

Um dos mecanismos de flexibilização é o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). O crédito de carbono do MDL é denominado Redução Certificada de Emissão (RCE) - ou em inglês, Certified Emission Reductions (CERs).Uma RCE corresponde a uma tonelada de Dióxido de carbono equivalente.

A Bricarbras localizada em Jaguariaíva - PR tem atendido o fornecimento mensal de biomassa para geração para diversas empresas que substituíram os combustíveis fósseis de suas caldeiras por fonte renovável de energia utilizando briquetes de serragem.

Amplamente utilizados na Europa como fonte de energia limpa os briquetes de biomassa industrializada trazem inúmeras vantagem na sua utilização industrial.

Os briquetes podem ter como fonte de matéria-prima resíduos de serrarias, casca de côco, bagaço de cana, casca de amendoim dentre outros resíduos até muito tempo desperdiçados no processo industrial.

As vantagens na substituição da madeira ou do resíduo in natura estão em:

• Maior poder calorífico;
• Fornecidos em embalagens padronizadas;
• Fácil arrumação próxima ao local de uso;
• Menor espaço de armazenagem;
• Maior facilidade no manuseio;
• Melhor relação custo/ benefício;
• Substitui a lenha na sua totalidade, sem a necessidade de qualquer modificação no equipamento;
• Baixo teor de cinzas;
• Devido a baixa umidade a temperatura se eleva rapidamente;
• Limpeza. Produto higiênico sem os inconvenientes da lenha;
• Não danifica a fornalha no manuseio de abastecimento.

A biomassa contribui significativamente para o fornecimento de energia sustentável, num determinado número de países europeus.

De acordo com o relatório de Bioenergia elaborado pela União Européia (Ecofys – DGS), na União Européia, mais de 2.200 Petajoule de energia por ano, armazenados na forma de biomassa, estão a ser produzidos. Destes, cerca de 1.700 Petajoule são usados diretamente para gerar calor, enquanto que os restantes 500 Petajoule são usados para gerar eletricidade. Complementarmente, a União Européia colocou como objetivo, para o ano 2010 e para o sector da energia, um valor médio de 12% de eletricidade a partir de recursos de energia renováveis. Espera-se que a biomassa forneça 10% de toda a energia na Europa, ou seja, um valor equivalente a cerca de 5.800 Petajoule.

Em termos mundiais, os recursos renováveis representam cerca de 20% do suprimento total de energia, sendo 14% de biomassa e 6% de fonte hídrica. No Brasil, da energia total consumida cerca de 35% é de origem hídrica e 25% é proveniente de biomassa, significando que os recursos renováveis suprem pouco menos de dois terços dos requisitos energéticos do País.


  DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 

 
Desenvolvimento sustentável é a forma de desenvolvimento que não agride o meio ambiente de maneira que não prejudica o desenvolvimento vindouro, ou seja, é uma forma de desenvolver sem criar problemas que possam atrapalhar e/ou impedir o desenvolvimento no futuro.

O desenvolvimento atual, apesar de trazer melhorias à população, trouxe inúmeros desequilíbrios ambientais como o aquecimento global, o efeito estufa, o degelo das calotas polares, poluição, extinção de espécies da fauna e flora entre tantos outros. A partir de tais problemas pensou-se em maneiras de produzir o desenvolvimento sem que o ambiente seja degradado. Dessa forma, o desenvolvimento sustentável atua por meio de alguns aspectos:

Atender as necessidades fisiológicas da população;
Preservar o meio ambiente para as próximas gerações;
Conscientizar a população para que se trabalhe em conjunto;
Preservar os recursos naturais;
Criar um sistema social eficiente que não permite o mau envolvimento dos recursos naturais;
Criar programas de conhecimento e conscientização da real situação e de formas para melhorar o meio ambiente.

O desenvolvimento sustentável não deve ser visto como uma revolução, ou seja, uma medida brusca que exige rápida adaptação e sim uma medida evolutiva que progride de forma mais lenta a fim de integrar o progresso ao meio ambiente para que se consiga em parceria desenvolver sem degradar.

Existem três colunas imprescindíveis para a aplicação do desenvolvimento sustentável: desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e proteção ambiental. Esses devem ser dependentes um do outro para que caminhem lado a lado de forma homogênea.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola

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